Homenageado da Semana

Symilde Schenk Ledon

(1926 – 2003)

Nasceu em Porto Alegre (RS), tendo aprendido o Esperanto autodidaticamente em 1946. Oito anos depois, casou com seu correspondente esperantista francês, Gilbert R. Ledon, com quem teve três filhos, todos educados desde o berço na língua internacional.

Sua participação como membro ativo nas atividades da EASP começou em 1983, quando assumiu a redação do órgão da Associação Paulista de Esperanto, La Lampiro, tendo redigido-o por 18 anos, até 2001.

Foi membro da diretoria em diversas ocasiões, como secretária (1984-85); vice-presidente (1986-87); presidente (1988-89); secretária (1992-93); e novamente presidente (2011-2003). A partir de 1998, passou a coordenar os Encontros municipais e estaduais de Esperanto da EASP.

Foi assídua e exemplar nos plantões voluntários na sede da associação, juntamente com seu esposo, não obstante residirem à cerca de 180 km de distância, em Campos do Jordão, numa amostra de que não há distância para o trabalhador empenhado no ideal que defende.

Por seu trabalho competente e dedicado, assumiu os cargos mais importantes do movimento esperantista brasileiro, entre eles o de representante do Brasil junto à Associação Internacional de Esperanto (UEA), com sede na Holanda, a partir de 1993, e o de presidente da Liga Brasileira de Esperanto (1995-98), com sede em Brasília, além de representar o Brasil no Movimento Esperantista das Américas, a partir de 1993.

Suas atividades em pro da língua internacional se tornaram tão intensas nos últimos oito anos de sua vida, a ponto de escrever que o Esperantismo tornou-se sua profissão, visto ocupar-lhe o tempo integralmente.

Faleceu em um acidente de carro, em 2003, juntamente com seu esposo.


José Martins Coelho

Professor de Matemática aposentado com formação em Administração Comercial.

Membro do grupo de jovens pioneiros na fundação do Esperanta Klubo Zamenhof (EKZ), em 1949, em São Miguel Paulista – zona leste da capital paulista. Foi presidente do EKZ por dois mandatos, tendo participado das atividades do clube até 1967.

Retornou ao movimento esperantista em 1981, filiando-se à Associação Paulista de Esperanto (EASP) onde teria uma participação importante pelo seu trabalho fervoroso. Em 1988 se elegeu vice-presidente da EASP e a partir de 1990, além de colaborar regularmente nos plantões da associação, aos sábados, passou a cuidar do serviço de venda de livros da EASP, bem como a administrar os serviços de tesouraria por ocasião de sua atuação como tesoureiro nas várias diretorias em que foi convidado a participar.

Em 2010 encerrou seus plantões na associação, mas continua orientando sobre assuntos de finanças sempre que solicitado. Em 2012 recebeu da EASP o título de Membro Honorário pelos seus relevantes trabalhos prestados à associação ao longo de quase três décadas.


Gilbert R. Ledon

(1931 – 2003)

Nasceu na Franca, onde, no período de recrutamento militar, estudou autodidaticamente o Esperanto “por não ter outra coisa útil para fazer”, como diria mais tarde no seu livro autobiográfico “Satana Anĝelo”.

Ainda jovem, veio ao Brasil para se casar com sua correspondente esperantista, de descendência alemã, Symilde Schenk, com quem teve três filhos, tendo a língua Esperanto sido naturalmente adotada como o veículo de comunicação e educação no lar.

Engenheiro por profissão, empresário pelas circunstâncias e anarquista por vocação, para ele o Esperanto é superior a todas as línguas. Acreditava que proteger civicamente línguas nacionais é menos importante do que cultivar apatridamente uma língua neutra internacional como o Esperanto.

Tal percepção e convicção pode vivenciar não apenas intelectualmente, mas sobretudo empiricamente pelo uso constante e diário do Esperanto: seja em casa; nas viagens; nos mais diversos encontros de Esperanto, onde costumava se apresentava como palestrante; nos muitos artigos que escreveu para vários periódicos esperantistas, além dos vários livros que publicou e editou, sendo a maioria de autoria própria.

Colaborador assíduo da revista Monato, seus artigos sempre despertavam o interesse dos leitores, às vezes provocavam, mas nunca entediavam, uma vez que era talentoso na argumentação e dotado de pensamentos incomuns e originais.

Redator da revista Brazila Esperantisto, órgão da Liga Brasileira de Esperanto, durante vários anos. Como escritor, entre outras obras, deixou o exemplo de uso prático da língua ao lançar a coleção “Teknikaj kajeroj”, abordando diversos assuntos sob o prisma técnico. Como editor, trouxe à luz importantes obras: “Socia rolo de kromamantoj”, de Agenita Ameno, em tradução de Paulo S. Viana; “La evangelio de la horo”, de Paul Berthelot, em tradução de Osvaldo P. de Holanda; “Karuseloj”, originalmente escrito por Sara Larbar (pseudônimo de Lilian Ledon da Silva, sua filha); entre outros.

Filiou-se à EASP em 1961, tornando posteriormente um dos associados mais destacados na história da Associação, tendo inclusive presidido-a por dois mandatos (1992-93 / 1996-97). Suas ações práticas e objetivas foram fundamentais para desatar a Associação das amarras do amadorismo e lançá-la numa nova fase de amadurecimento administrativo, que segue impulsionando e inspirando até os dias atuais.

Faleceu num acidente de carro, em 2003, juntamente com sua esposa Symilde Schenk Ledon. Em homenagem, a EASP nomeou sua biblioteca com o nome do casal.


José Dias Pinto

Vindo de Portugal, em 1951, logo se filiou à EASP – que na época ainda chamava-se São Paulo Esperanto-Klubo (SPEK), mantendo-se um colaborador presente e fiel até os dias atuais.

Avesso a cargos de diretoria, sua valorosa contribuição tem se estendido a diversos setores e ações da EASP, por meio de constantes doações que não raro ajudou a Associação a superar as crises financeiras – fato que, já nos anos 80, lhe conferiu o título de Membro Honorário.

Leitor atento e íntimo conhecedor do Esperanto, por muitos anos ministrou os Cursos de Esperanto por Correspondência da EASP. Tem contribuído com o movimento esperantista também como tradutor, revisor e palestrante. Grande incentivador do serviço de venda de livros da EASP (libroservo), bem como do seu departamento editorial. Atualmente colabora na revisão do órgão da Associação, La Lampiro.

Ouvinte assíduo dos programas em Esperanto da Rádio Polônia, teve a grata satisfação de, juntamente com sua esposa Amélia, ampliar a frequência dos sons da língua internacional à educação dos seus dois filhos, fazendo do Esperanto a segunda língua da família.


Elvira Fontes

(1916 – 2007)

Chegou à Associação em 1960, pelo Curso Municipal de Esperanto, e desde então, até sua morte em 2007, se dedicou de corpo e alma à causa do Esperanto, principalmente após sua aposentadoria como professora de Francês.

Participou ativamente das atividades da EASP, por mais de quatro décadas: como professora de Esperanto em diversos níveis, diretora do Departamento de Ensino e mesmo como presidente da Associação (1974-1983). Durante muitos anos também redigiu o órgão da EASP, La Lampiro.

Nos anos 70, juntamente com o saudoso esperantista Prof. Walter Francini, apresentou um curso de Esperanto na TV Cultura, da Fundação Padre Anchieta. Entre os anos 1970 e 1988, assinou uma coluna semanal sobre o Esperanto no extinto jornal Diário Popular. Era convidada com frequência para falar sobre o Esperanto na impressa.

Em 1975, assumiu a direção da Seção Brasileira da Liga Internacional dos Professores Esperantistas (ILEI). Manteve-se à frente desta seção até 2002, entre outras atividades, organizando os famosos exames de Esperanto, em diversos níveis, por ocasião dos Congressos Brasileiros de Esperanto. Ainda como diretora da Seção brasileira da ILEI, redigiu o boletim informativo da Seção, MILDE, durante quatro anos.

Cofundadora da editora Amikoj de Esperantoj, escreveu dois livros didáticos “Unuaj Paŝoj” (1989) e “Survoje al Esperantujo” (1991, que foram usados largamente em cursos de Esperanto em diversas partes do país.

Desde 1973, elegeu-se Delegada Técnica da Associação Universal de Esperanto (UEA) sobre Literatura; Representante do Brasil junto à UEA (1974-1980) e Membro Honorário da própria UEA, em 2000. Pelo seu constante e profícuo trabalho em prol do Esperanto, recebeu o título de Membro Honorário também da Liga Brasileira de Esperanto (2003) e da Associação Paulista de Esperanto (2004).


Prof. Newton José Monteiro

Bacharel em Ciências Contábeis e Atuarias pela USP (1954), com especialização na Faculdade de Filosofia Ciência e Letras também da USP, bem como nas cadeiras de Análise Matemática, Lógica, Crítica dos Princípio, Álgebra Superior, Geometria Projetiva e Analítica, entre outros.

Professor emérito de Matemática em diversas faculdades e escolas técnicas de São Paulo, Atuário Chefe do Instituto de Previdência do Estado de São Paulo, Consultor, implantador e revisor de sistemas atuariais em diversas fundações e prefeituras de São Paulo e de outros Estados, membro de dezenas de grupos e comissões de estudos sobre legislação previdenciária e autor de 17 livros técnicos correlatos.

Conheceu o Esperanto na Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP), em 1946, nas aulas do saudoso Prof. Arnaldo Vianna, de quem herdou, no ano seguinte, a tarefa de continuar ministrando o curso de Esperanto naquela instituição (e posteriormente em diversos bairros da cidade), atividade que desempenhou durante seis décadas, até o ano de 2007.

São de sua autoria os seguintes títulos sobre a língua internacional: Aprendendo Esperanto; Esperanto, língua internacional: curso sem mestre; Ekzercaro pri Sufiksoj kaj prefiksoj; além do opúsculo Laŭsistema Studo de Funkcioj – curiosamente o primeiro livro editado pela EASP, em 1960.

Membro e tradutor (português – Esperanto) da Academia Internacional de Ciências de San Marino, traduziu teses sobre cibernética de autoria do Prof. Dr. Osvaldo Sangiorgi, para simpósios e congressos internacionais. Durante vários anos prestou serviços de tradução para o Departamento de Esperanto da Legião da Boa Vontade (LBV).

Durante alguns anos foi secretário da Seção Brasileira da Liga Internacional dos Professores Esperantistas (ILEI), cujas reuniões aconteciam na sede da EASP, sob a direção da saudosa Profª. Elvira Fontes.

Filiou-se à EASP em 2002 e desde então, sempre que pode, participa dos eventos promovidos pela Associação.


Prof. Walter Augusto Francini

(1926 – 1996)

Filiou-se a EASP em 1964 e logo se tornou importante colaborador nas atividades da associação, pela sua reconhecida capacidade como jornalista, escritor, comunicador, professor e propagandista.

Participou da Diretoria da associação, tendo ocupado a vice-presidência por 18 anos consecutivos. Em 1982 recebeu a homenagem de Membro Honorário da EASP.

Além de fervoroso ativista no movimento esperantista, também militou nos movimentos Espírita e Ecumênico, este último no Instituto da Legião da Boa Vontade (LBV), onde foi também um grande divulgador da língua internacional.

Além de professor de português, Prof. Francini atuou como jornalista, tendo assinado uma coluna no antigo jornal Diário Popular. Sua colaboração no periódico, parte da qual dedicada ao Esperanto, durou de 1965 a 1987.

Como escritor, entre outras obras, deixou: “Paroloj al miaj gefiloj” (1973); Doutor Esperanto (1973); Esperanto sem preconceito (1976); “Esperanto Sen antaŭjuĝo” (1978); Nas asas da trova e dos Esperanto (1984); “Paroliga Kurso” (1990).

A biografia romanceada do iniciador da língua internacional, Doutor Esperanto, é uma obra de referência, tendo sido recomendada pela Equipe Técnica do Livro e Material Didático da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, para divulgação nos estabelecimentos de ensino secundário e normal (Processo 0412-73. Diário Oficial de 14 de setembro de 1973).

Prof. Francini nasceu em 1926, na cidade de São Paulo, e faleceu em 1969, também em São Paulo, com 69 anos.


Francisca Martos

Filiou-se à Associação Paulista de Esperanto (EASP) em 1965, tendo participado constantemente dos programas e eventos da EASP, bem como de outros grupos esperantistas locais, e dos Congressos Brasileiros de Esperanto, realizado pela Liga Brasileira de Esperanto.

Administrou diversos cursos de Esperanto e participou em várias diretorias da EASP como secretária, além de ter assumido o cargo de Vice-Presidente por dois mandatos seguidos (de 1990 a 1993).

Por muitos anos foi uma colaboradora assídua nos plantões voluntários na sede da Associação.

Devido às muitas atividades na vida pessoal e profissional, principalmente no movimento Espírita onde milita, precisou se afastar das atividades da Associação, mas mantém até os dias atuais seu generoso apoio financeiro, como Membro Mantenedor, sendo informada do andamento do movimento esperantista pelos informativos que recebe.

Estudiosa do Esperanto, seu falar claro e cuidadoso é um convite para um diálogo agradável na língua internacional.


Darcy Pedroso Machado Gaia

Filiou-se ao São Paulo Esperanto-Klubo (SPEK) em 1947, tendo se juntado ao corpo de instrutores do Curso Municipal de Esperanto, instituído pelo SPEK sob a guarda da Secretaria de Educação e Cultura, no final dos anos 50.

Sua maior contribuição para o SPEK foi a idealização do atual órgão da Associação Paulista de Esperanto, a revista “La Lampiro“, que ele mesmo redigiu desde o primeiro número, em 1959, até 1972 com alguns intervalos não dependendo dele.

Nos anos carentes de contribuições para a revista, não faltou o bom humor no nosso redador que assim dividia as tarefas da redação:

Redaktoro: Darcy
Kompilisto: Pedroso
Tajpisto: Machado
Aranĝisto: Gaia

Foi secretário da EASP de 1950 a 1955 e depois em 1964 – 1965, tendo continuado um ativista no movimento esperantista local até sua mudança para Brasília em 1972.


Dr. Osvaldo Pires de Holanda

Esperantista de Baturité (CE), veio para São Paulo em 1944, onde concluiu o Curso Secundário. Conquistou seu primeiro diploma de nível superior em 1961 (Jornalismo) e o segundo em 1971 (Direito), tendo exercido a Advocacia durante 35 anos.

Amante do estudo, possui dezenas de cursos de extensão cultural, além de pertencer a várias Academias de Letras. Tem colaborado em diversos periódicos e prestigiosas publicações literárias.

Autor de nove livros, dos quais três são dedicados à poesia, tendo ainda traduzido quatro obras para a língua internacional Esperanto, dentre as quais se destaca a fábula anarquista “La Evangelio de la Horo” (O Evangelho da Hora) do esperantista Francês Paul Berthelot (1883-1911), fundador da revista Esperanto.

Ardoroso esperantista, milita no movimento até os dias atuais se sentindo um jovem de 95 anos. Em 1949, fundou o Esperanta Klubo Zamenhof, ainda em atividade em São Miguel Paulista. Foi cofundador de mais outros três grupos de Esperanto, também na capital paulista: Verda Lumo Esperanto-Grupo, EGABEM e Pirituba Esperanto-Grupo.

Membro Honorário da Associação Paulista de Esperanto, tendo sido seu presidente (1994-1995), bem como o presidente da Liga Brasileira de Esperanto (1998-2001).

O nosso jovem militante de 95 anos é um exemplo de persistência e entusiasmo no ideal esperantista. E mais do que isto, é nosso convidado especial nas comemorações de 80 da EASP!


Prof. László Zinner

(1908 – 1997)

László Zinner nasceu em 1908, em Dömos (Hungria), tendo vindo para o Brasil em 1920. Primeiramente se estabeleceu no Rio de Janeiro e depois em São Paulo, onde viveu até o final de sua vida em 1977.

Além de escultor e desenhista, Zinner foi também professor de modelagem e Artes Plásticas na Faculdade Mackenzie, no bairro Perdizes, em São Paulo.

Uma de suas peças mais populares é a estatueta que dá nome ao Prêmio Juca Pato de Intelectual do Ano, anualmente concedido pela União Brasileira de Escritores.

Naturalizado brasileiro, Zinner tornou-se também um grande divulgador do Esperanto, tendo se filiado ao São Paulo Esperanto-Klubo (SPEK) em 1949, por ocasião da sua mudança do Rio para São Paulo.

Não somente no meio esperantista, mas também na faculdade onde lecionava, ficou conhecido como o grande organizador de reuniões culturais e incentivador do uso da língua internacional.

Colaborou no Curso Municipal de Esperanto, instituído pelo SPEK sob a guarda da Secretaria de Educação e Cultura, tendo se esforçado ainda para introduzir o ensino do Esperanto nas escolas.

Em 2014, na Casa da Fazenda, em São Paulo, foi inaugurada uma exposição com algumas peças do artista intitulada Ateliê Universalista.


Antônio Gatti

Serralheiro de profissão, simpatizante do ideal esperantista e amigo da Associação Paulista de Esperanto de longa data.

Intergrante do grupo de esperantistas da região do ABC Paulista, figura carismática, tendo como marca pessoal um abraço cheio de vigor e vitalidade capaz de desperta qualquer um que esteja em baixo astral.

Através do nosso samideano Gatti, homenageamos todos esperantistas, de todas as épocas, que discreta ou anonimadamente têm colaborado para a divulgação do Esperanto no Estado de São Paulo. Muitos deles não falam o Esperanto, mas bem compreenderam o valor intrínseco da aquisição de uma língua neutra internacional para a formação do ser humano com vistas a horizontes linguísticos mais alargados.

Esses homens simples no falar, enlevados nas palavras e confiantes no povir, sem o saberem, tornaram-se amigos valiosos e respeitáveis da Associação. São esses amigos quem, em grande parte, vem desempenhado a tarefa primordial, que muitas vezes a própria Associação, por falta de recursos, não consegue desenvolver, a saber, o de levar o Esperanto ao grande público.

Especialmente ao nosso amigo Gatti, a quem convidamos para os festejos de 80 anos da Associação, um grande abraço de toda a Diretoria!


Oswaldo Leite de Moraes

Nada mais apropriado do que iniciar esta galeria de homenagens com o nome do fundador da Associação Paulista de Esperanto, que este ano comemora 80 anos. É verdade que ninguém consegue fazer muito sozinho, principalmente quando se trata de trabalho em grupo.

Todavia, não deixa de ser verdade também o fato de que, entre os vários integrantes de um grupo, não raro se sobressai alguém pelo entusiasmo, dedicação e esperança com que tentar levar adiante as tarefas assumidas, não obstante os diversos obstáculos que surgem constantemente.

Assim aconteceu com o grupo de estudo, no início de 1937, que logo passou a se chamar “São Paulo Esperanto-Klubo” (SPEK), em 29 de março daquele mesmo ano. O nosso jovem escoteiro e amante de radio amadorismo, então com 17 anos, assumiu a direção do Clube, mas, devido à pouca idade, não pode se eleger presidente, ficando no cargo de “Secretário Geral” durante vários anos seguintes.

Segundo a Profª Elvira Fontes (1916-2007), no prefácio dos “Anais da EASP”, escrito pelo Eng. Gilberto René Ledon (1931-2003), isto talvez faça do fundador da EASP o pioneiro mais jovem do movimento esperantista brasileiro, quiça do mundo.

Oswaldo Leite nasceu em 2 de setembro de 1919. Como pioneiro autêntico do SPEK, dirigiu o Clube durante 15 anos seguidos (1937 – 1952), tendo retornado à diretoria da Associação como presidente em 1986 – 1987. Se pouco sabemos atualmente sobre o nosso jovem pioneiro, no entanto, muito a ele devemos e agradecemos.